segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O efeito Marina

O efeito Marina
Marina e Eduardo
 Foto REUTERS/Ueslei Marcelino
Nos últimos dias o Brasil assistiu, por um lado, a criação de mais dois partidos de aluguel (PROS e Solidariedade), criados apenas para permitir a infidelidade partidária e, por outro lado, a negativa para a criação do REDE, partido organizado pela ex-senadora Marina Silva e que expressa um verdadeiro sentimento de mudança que aflora em parcela do povo brasileiro. Temos uma legislação que facilita a criação de partidos cartoriais e dificulta a criação de partidos que surjam como expressão do sentimento de parcela consciente da sociedade. Coisas de Brasil.
Não há dúvidas de que a mão invisível do Governo Federal, do PT e do PSDB agiu para impedir ou, pelo menos, dificultar a criação do partido que garantisse legenda para Marina Silva concorrer à Presidência da República.

Petistas e tucanos sonham com um país apenas com o PT em um pólo, o PSDB em outro e o PMDB chantageando e trocando apoio por cargos com um e com outro, segundo as suas conveniências.

É nesse cenário que a ex-senadora Marina Silva surpreendeu o todos e, dando uma demonstração de grandeza política e compromisso com o Brasil, anunciou sua filiação ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), criando uma frente ética e programática de resistência a essa tentativa de concentração e perpetuação do poder nas mãos de poucos.

Alguns vêem no ambientalismo de Marina uma barreira ao desenvolvimento econômico. Outros vêem no desenvolvimentismo de Eduardo Campo um risco à preservação do meio ambiente. Eu vejo no equilíbrio entre os dois a única possibilidade de um projeto que resgate os valores éticos da nossa sociedade, desenvolva a economia, distribua renda e preserve o meio ambiente.

Da união de Eduardo Campos com Marina e PSB com REDE surge algo muito melhor que só Eduardo Campos (PSB) ou só Marina (REDE). Desse diálogo e desse compromisso surgirá uma expressão eleitoral do sentimento que tomou as ruas do país dias atrás.

Petistas e tucanos tentaram ganhar no tapetão. Vão ter mais trabalho do que pensavam. Viva a Democracia. Viva a Esperança. Seja bem vinda Marina!

Por Marcelo Ramos